Bom, como você já deve ter percebido, eu não gosto muito do convencional e então sempre opto pela via mais difícil. Nas minhas férias não é diferente. Hehehe
A rota que eu fiz foi:
Sai de São Paulo de avião e segui até a capital sul mato-grossense, Campo Grande, na qual peguei um ônibus horas depois para uma cidade chamada Corumbá, conhecida por ser no coração do Pantanal. É uma viagem que demora cerca de seis horas e sem muita coisa para se ver, pois naquela região há apenas campos e mais campos. O interessante é que ali você já começa a encontrar pessoas que estão fazendo mochilão para Machu Picchu também, ou pra outros lugares.
Em Corumbá existem várias pousadas, mas a maioria é pulgueiro, da até medo de entrar, mas nada comparado com o que há pela frente. Bom, acabamos ficando no melhor albergue daquele lugar, que é vinculado a “Os albergues da Juventude” e com a carteirinha paguei só R$ 20,00 por dia (sem contar que eles cobraram errado) com direito a piscina (maravilha para aquele lugar quente) e café da manhã.
Vizinha a Corumbá está a cidade de Porto Quijarro, já na Bolívia. Nesta cidade se pega o trem para Santa Cruz de la Sierra, mas tome cuidado para não pegar o trem da morte (o mais barato, pois vai muita gente tranqueira, vale muito mais ficar esperando em Corumbá (Já que em Porto Quijarro, até parece uma daquelas cidades abandonas no velho oeste) uns dias e depois ir com um trem melhor (o mais caro), que custa cercou de USD 50,00.
O trem demora 12 hrs, mas se for no melhor terá todo o conforto, é muito bom mesmo. O pior trem ruim pra caramba e demora 18 hrs, mas é muito mais engraçado, pois vai com o povão. Tem que comer a comida que eles vende nas estações, até parece uma feira dentro na hora das paradas.
Santa Cruz de la Sierra é uma cidade mais desenvolvida, pois é la que grande parte da burguesia boliviana se encontra, porém não tem nada de mais. Quando se desce da estação do trem, você já sai na estação de bus, aonde você já pode pegar um ônibus direto para La Paz ou para Cochabamba. Não sei como está agora, mas quando fiz a viagem a rota para La Paz estava interditada pelas chuvas que destruíram estradas.
A viagem para La Paz é complicada, pois é muito longa e os motoristas passam por lugares perigosos, desfiladeiros. Porém a visão que você tem na viagem é incomparável e maravilhoso, cada montanha mais linda que a outra e o bacana é que você conhece acompanhar a mudança da vegetação conforme você vai subindo, já que La Paz fica a 3.600 mtos de altura e Santa Cruz fica muito mais baixo.
As passagens de ônibus são muito baratas e se pechinchar ainda consegue desconto, mas claro que você não vai pegar um ônibus de primeira qualidade, não vai ter paradas em algum GRAAL, mas sem dúvida é muito mais divertido. Hehehe
Nas hospedagens, procure sempre pesquisar antes, pois tem muita variação de preços, mas na Bolívia o custo é sempre bem baixo se comparado com hotéis e pousadas brasileiras.
Chegando em La Paz, até parece que o motorista errou o caminho e está te levando para o morro do alemão no Rio de Janeiro, pois como eles não tem o costume e condições de pintar suas casas, todas deixam os blocos nus.
Todavia, a cidade tem coisas interessantes para se fazer, como algumas construções fixadas no período de domínio espanhol, a calle de lãs brujas (aonde você encontra souvenires e outros objetos derivados da cultura daquele país), as ruínas de Tiwanaku (que eu não conheci) e também há um passeio para a montanha mais alta daquele país, que por sinal é muito bonita de longe.
Não muito longe de La Paz, cerca de 6 horas fica o melhor da parte boliviana da viagem, a cidade de Copacabana, a última cidade antes de atravessarmos a fronteira para o Peru. A cidade fica as margens do lago Titicaca e tem uma visão maravilhosa, aonde a imensidão deste lago nos leva a confundir com o mar. Além disso, o azul da água é forte e ao mesmo tempo ela é transparente.
Nessa cidade a quantidade de gente fazendo mochilão é enorme, você encontra gente do mundo inteiro, mas principalmente argentinos, que adoram essa rota para Machu Picchu. Nessa cidade existem passeios para a ilha do sol e para a ilha da lua, bem legais, aonde existem belas visões e também se faz muitas amizades.
Ah, lembre-se de ir a noite no The Walkis (é um PUB) e escrever seu nome na parede, procure meu nome no teto, escrevi bem grande (Rudi de Jonge). Além disso, se você gostar de beber, peça um PISCO SOUR, é uma bebida muito gostosa e não muito forte.
Apos Copacabana, a parte boliviana da viagem acaba, pois a proxima cidade a se parar sera Puno, que fica do lado peruano do lago Titicaca. Existem varias lotacoes que saem de perto da Igreja principal para Puno, caso voce nao encontre, nao se preocupe, pois certamente alguem ira te oferecer um lugar.
Chegando em Puno, a cidade nao ira parecer nada bonita, pois assim como La Paz, nao ha costume em pintar ou colocar textura nas casas, ou seja, todas as casas parecem inacabadas. Porem, a cidade tem coisas interessantes, tem umas baladinhas noturnas, aonde ha a oportunidade de ver como sao os agitos peruanos.
Existem tambem alguns mirantes na cidade aonde geralmente ha uma estatua (puma, ancestrais, condor etc.), a Plaza das Armas e bem bonita e certamente a melhor das atracoes as ilhas flutuantes. Ilhas essas artificiais, feitas das proprias plantas que existem no lago, as “totoras”. Pelo que me informaram na epoca, havia certa de 45 ilhas, nas quais moravam cerca de 2.000 pessoas.
As ilhas sao certamente um aperitivo para a cidade seguinte, Cusco, conhecida pelaos incas como o umbigo do mundo. Para eles essa cidade era o centro da terra, ou seja, era como se fosse a capital de sem imperio.
A mistura e ate mesmo o confroto que ha entre a arquitetura inca e a castellana tornou a cidade unica, pois em todos os lugares existem construcoes que seguem uma ou outra vertente. E a partir de Cusco que se consegue fazer passeios pelo Vale Sagrado, Pisac, Ollamtaytambo, trilha inca e Machu Picchu (caso precise tenho contatos de agencias que fazem otimos precos). Alem disso, existem museus, cafes, feiras, restaurantes, lojas, baladinhas muito interessantes, pois ha sempre algo diferente daquilo que temos no Brasil.
No meu caso, eu optei por percorrer a trilha inca por 4 dias ate chegar a Machu Picchu, e uma trilha muito pesada, mas que todos conseguem chegar ate o final. O grande problema e a falta de ar que existe durante o percurso e o peso da mochila que conforme a gente vai percorrendo o trajeto comeca a ser cada vaz maior. Porem, quando fui, era possivel pagar USD 60.00 para que um carregador levasse sua mala. Por isso, que aconselho a levar pouca roupa (primeiro, porque nao se toma banho durante tres dias) de preferencia, leve camisa Dry-Fit, que seca mais rapido e nao leve calca jeans, pois nao e muito confortavel. Alem disso, deve-se utilizar tenis apropriado para tracking, pois existem pedras escorregadias durante o percurso.
Por fim, como Janeiro e Feveiro e periodo de chuva no Peru, entao a trilha inca fica fechada tanto para manutencao como para conservacao, assim e preferivel que verifique bem antes de ir para nao perder a viagem.
Assim como a trilha fecha durante o periodo de chuvas, e interessante que se analise bem quando ir para Machu Picchu, pois se estiver chovendo ou com neblina a viagem estara perdida.
Fazendo o passeio por Machu Picchu, ha a possibilidade de fica em Aguas Calientes (a cidade que fica no pe da montanha, aonde existem piscinas com agua quente natural) ou voltar para Cusco. Por nao ter nada a noite para fazer e prefirivel que volte para Cusco e curta os bares e baladinhas como o Mamma Africa e Up Town.
Sinceramente, ir para Machu Picchu e Cusco, foram as melhores coisas que fiz na vida e logo mais estarei voltando para estes lugares e aconselho a todos a irem visitar, pois realmente nao ha do que se arrepender de tal aventura. Caso tenham alguma duvida, e so perguntar, posso demorar, mas um dia eu respondo (ruditsj@gmail.com). Hehehe
Segue o link de uma blog com as fotos, tem varias fotos que tirei durante o percurso, e so clicar na bolinha rosa no mapa para saber quais fotos correspondem a cada lugar:
http://www.flickr.com/photos/22383033@N06/map/ 
am mesmo que a passadas curtas, rumo ao desenvolvimento e crescimento. Aparecendo como carro forte entre esse pequeno grupo, o Brasil ainda esta longe de se comparar com algum pais do eixo ocidental da Europa. O Brasil ate pode ter uma economia maior, porem o desenvolvimento esta ainda muito distante, talvez a uns 60 a 80 anos. Nao digo isso referente a tecnologia ou a fluxos economicos, mas sim a qualidade de vida, a educacao, a infra-estrutura, a burocracia, itens que realmente interessam ao povo e que ao sair na rua podem ser facilmente detectados. Certamente se Marx vivesse em nossos tempos, rasgaria todas as suas teorias contra o capitalismo e aproveitaria a vida que a Europa oferece, pois o mesmo capitalismo que influencou na eclosao da II Guerra Mundial levou o velho continente a uma especie de socialismo, claro que com diferencas sociais (pois e impossivel nao existir), mas aonde todos tem realmente direitos iguais e o minimo necessario para viver de forma adequada. E enquanto existem Evos e Chavez brigando com Deus e o mundo por maior tempo nos tele-jornais do mundo inteiro na America Latina, os europeus estao ocupados arrumando seus jardins ou conversando em suas cafeterias e bares. A final, politica e religiao sao preocupacoes passadas para eles, sao apenas assuntos para se debater justamente em seus belos e requintados bares.
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